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Alunos de Medicina e Odontologia da Uniube promovem o 1º Congresso de Saúde do Idoso

11/09/19

Os alunos do Programa de Extensão Velho Amigo da Uniube, juntamente com a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Uberaba, realizarão, no próximo mês, o 1º Congresso Interdisciplinar em Saúde do Idoso do Triângulo Mineiro (CISITM). O evento visa promover uma discussão sobre os cuidados com o idoso com a presença de diversos profissionais da área da saúde. Ele será realizado nos dias 25, 26 e 27 de outubro, no auditório Turmalina da UFTM. As inscrições podem ser feitas pelo link: www.cisitm.com.br .

A programação contará com palestras sobre temas variados de saúde do idoso, como: emergências geriátricas, cuidados paliativos, transtornos mentais, atendimento odontológico, violência ao idoso, entre outros.  “O novo cenário mundial é caracterizado pelo aumento da expectativa de vida das pessoas na sociedade, representando novos desafios no que diz respeito aos cuidados em saúde, portanto o CISITM reunirá especialistas para discutir os cuidados com a saúde integral e a qualidade de vida dessa população”, explica uma das coordenadoras do Programa Velho Amigo, professora Denise Tornavoi de Castro, graduada em Odontologia, mestre e doutora em Ciências da Saúde.

De acordo com um dos organizadores do evento, integrante do Programa Velho Amigo e estudante do 7º período de Medicina, Pedro Teixeira Meireles, o Congresso tem grande importância ao trazer em pauta diversos assuntos e dúvidas que podem ser trabalhados no atendimento ao idoso. “É um evento cujo objetivo é a discussão em Uberaba, principalmente no Triângulo Mineiro, sobre a saúde do idoso institucionalizada, que é o foco do Programa Velho Amigo. O processo de envelhecimento precisa ser discutido interdisciplinarmente, com diversos profissionais, de diversas áreas da saúde. Também nada limita que um profissional, que não seja da área, que tem interesse em conhecer sobre o assunto, participe do congresso”, afirma o graduando.

Uma das palestras será ministrada pelo professor e doutor Douglas Reis Abdalla, sobre imunossenescência. “Este tema é muito interessante, visto que o sistema imunológico, ou seja, a parte do nosso organismo que combate os agentes agressores, ao longo de nossas vidas, passa por distintos perfis de atuação. No processo de envelhecimento fisiológico, em que algumas populações celulares já estão diminuídas, com perfis de atuação restritos, a síntese molecular está limitada, conferindo ao idoso uma fragilidade imunológica. Portanto, entender um pouco sobre tais alterações possibilita que os diferentes profissionais de saúde possam, dentro das suas especialidades, atuar e proporcionar uma atenuação dessa fragilidade imunológica, ou quem sabe proporcionar aumento das capacidades funcionais no âmbito imunológico”, explica Douglas, que é graduado em Fisioterapia e, após mestrado e doutorado, decidiu ingressar novamente na universidade como aluno de Medicina.

O Congresso tem apoio do Conselho Regional de Medicina e Conselho Regional de Odontologia, além da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Universidade Federal de Uberlândia e do Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos. O objetivo é reunir profissionais das variadas áreas da saúde para a conscientização de um atendimento integral. “As ações em saúde para o idoso não se dão apenas pela área médica da geriatria e gerontologia, mas por todos as profissões que possuem amplos conhecimentos e habilidades para atuar integramente junto ao idoso”, pontua o Dr. Douglas.

E a expectativa com o primeiro evento na área é grande. “Que seja um congresso sensacional. Um evento que possa ser replicado outros anos e que isso seja cada vez mais forte, para que essa discussão sobre o idoso seja cada vez mais palpável, dentro do meio acadêmico”, enaltece Pedro Meireles.

Velho Amigo

O Programa de Extensão Velho Amigo conta com a participação de 40 acadêmicos da Universidade de Uberaba. Ele foi criado em 2017 e tem como objetivo possibilitar ao aluno trocas de experiência e vivências com idosos institucionalizados, sempre com cunho científico. Segundo o coordenador do programa, médico, mestre em Ciências Médicas e doutor em Saúde na Comunidade, Sylas Scussel Junior, o Velho Amigo é um envolvimento proativo em investigar problemas e buscar soluções por meio do cuidado pessoal. “O IBGE estima para os próximos 30 anos que a população com mais de 65 anos no país constituirá cerca de 1/4 das pessoas ou aproximadamente 48 milhões. Se associarmos o fato de ocorrência generalizada de diminuição à dispersão das famílias, compreenderemos claramente a situação de pessoas que necessitam de algum tipo de apoio e a escassez de cuidadores”, finaliza.