ACONTECE NO MPHU

Médico do MPHU realiza palestra sobre doença renal para profissionais da saúde

06/06/22

O coordenador do Serviço de Nefrologia, Diálise e Transplante Renal do Mario Palmério Hospital Universitário (MPHU),  nefrologista Fabiano Bichuette Custódio, realizou duas aulas sobre doença renal para a equipe da atenção básica. Participaram, ao todo, mais de 40 profissionais da saúde do município. O evento foi organizado em dois dias e realizado nos anfiteatros do hospital.

As aulas foram idealizadas pela Secretaria Municipal da Saúde, em parceria com o MPHU, e teve o objetivo de focar na orientação sobre o diagnóstico precoce e sobre quando o paciente deve ser encaminhado para o ambulatório de nefrologia. "Fomos chamados pela própria secretaria para difundir conhecimento sobre o tema, já que somos a unidade de referência em tratamento da doença renal crônica em Uberaba, sendo uma de nossas atribuições o matriciamento da rede de saúde", explica o nefrologista.

Ainda segundo o médico, será criado um grupo de discussão dos casos atendidos na rede básica. "Isso possibilitará a ampliação do conhecimento e a melhora do manejo clínico, facilitando o encaminhamento dos pacientes mais graves (sobretudo aqueles com perda mais avançada da função renal) para nossos ambulatórios", continua.

Atualmente, o MPHU conta com uma unidade de hemodiálise com 88 pacientes, ambulatório de nefrologia que realizam quase 100 atendimentos mensais, além do serviço de transplante, com mais de 100 transplantes realizados. "A doença renal crônica é hoje um grande problema de saúde pública, acometendo 10% da população. Afeta especialmente os pacientes hipertensos, diabéticos e aqueles de maior idade. Um dos dados que chama mais atenção é que somente 10% dos pacientes renais crônicos conhecem o problema e a maioria descobre a doença em fases avançadas, em que o tratamento passa a ser menos efetivo", destaca.

De acordo com o médico, se o diagnóstico é feito precocemente, a progressão da doença é bastante lentificada e o paciente consegue ficar estável por anos até estar totalmente livre da tão temida hemodiálise.  "A doença renal crônica é diagnosticada com dois  exames simples: creatinina do sangue (para o cálculo da taxa de filtração glomerular) e pesquisa de albumina na urina. São exames simples e baratos que dão o diagnóstico da doença renal crônica em 100% dos casos", conclui.