ACONTECE NO MPHU

Os desafios e o tratamento do diabetes são temas de evento no MPHU

22/11/18

O Dia Mundial de Diabetes foi celebrado, na semana passada, no Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), com um evento que debateu os desafios da doença em relação à alimentação, à atividade física e à aderência ao tratamento e a importância da prevenção e do rastreamento do diabetes mellitus. Na ocasião, estiveram presentes profissionais de saúde, como psicóloga, endocrinologista, educadora física, além de pessoas diabéticas. 

“O diabetes mellitus é uma doença crônica, altamente incapacitante, e pode desencadear várias complicações. Um tratamento correto, tanto na dieta quanto no uso dos medicamentos, e o cuidado emocional ajudam a evitar essas complicações. Então, a educação em saúde é um processo muito importante hoje. Dessa maneira, esses eventos podem ajudar aqueles indivíduos que vêm para obter esclarecimentos, tirar dúvidas. Muitos deles podem mudar, realmente, o comportamento depois desses eventos de conscientização”, ressaltou a endocrinologista Fernanda Oliveira Magalhães, organizadora do 4º evento de comemoração do Dia Mundial de Diabetes.

A aposentada, Glória Argentina dos Santos, é diabética há 10 anos. Ela descobriu a doença depois da morte do pai, quando ficou com a saúde fragilizada. Apesar de seguir o tratamento, a diabetes está descontrolada. Por isso, Glória decidiu participar do evento em busca de mais esclarecimentos. “Quando eu descobri, chorava dia e noite. Não queria acreditar que eu estava com isso, mas depois a gente vai compreendendo a conviver com a doença. Hoje, a minha diabetes está descontrolada por estado nervoso. E a gente ouviu aqui que o emocional também influencia”, comentou. Glória faz uso de insulinas e disse tomar todos os medicamentos.

Para a psicóloga, Wanda Lavínia Lepri Longas, presidente da Associação dos Voluntários do Hospital Universitário de Uberaba (VAHMUS), uma das palestrantes, um dos maiores problemas das doenças crônicas é a adesão ao tratamento. “A Psicologia tem muito a contribuir, porque a gente tem de entender como o paciente se sente quando recebe a notícia. Isso gera uma série de emoções que desencadeiam algumas descompensações da própria diabete. Se não cuidar das emoções, o quadro pode se agravar, porque a notícia desestrutura totalmente o interior do indivíduo”, disse Wanda.