ACONTECE NO MPHU

UTI Neonatal do MPHU completa dez anos com destaque na atenção integral ao recém nascido

11/04/24

A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI NEO) do Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU) completa dez anos neste mês de abril de 2024. Uma década de incansável trabalho cujo maior compromisso é salvar vidas e dar esperança aos recém nascidos através do cuidado, técnica e acolhimento.

Na inauguração do MPHU, em março de 2014, a UTI Neonatal ainda estava fase de ajustes nas áreas físicas e de equipamentos. Parte da equipe médica, de enfermagem e zeladoria já trabalhavam dentro da unidade nos ajustes finais, em conjunto com as áreas de apoio. A abertura do espaço ocorreu efetivamente no dia 07 de abril de 2014 e no dia seguinte foi admitido o primeiro paciente. Desde então, a UTI NEO já atendeu 2095 pacientes, entre recém-nascidos e crianças, até  13 anos e 11 meses de idade.

Segundo a coordenadora técnica da Unidade, a médica pediatra e neonatologista Debora Martins, a Unidade do MPHU surgiu de uma necessidade do cenário de Uberaba e Região. Segundo ela, na época, o município apresentava uma carência de leitos de UTI Neonatal e Pediátrica, tanto para o convênio SUS quanto para os demais convênios. Como na estrutura prévia do hospital já funcionava uma maternidade, a Sociedade Educacional Uberabense (SEU) determinou a criação do serviço no Hospital Universitário.

A UTI NEO foi concebida seguindo às normas da vigilância sanitária desde o espaço, iluminação, controle de temperatura, além de ter equipamentos modernos, de última geração e ser instalada ao lado do Centro Obstétrico, permitindo uma continuidade do cuidado aos pequenos pacientes.

Por priorizar a excelência médica e humanitária, a equipe multiprofissional - formada por técnicos de enfermagem, enfermeiros, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos entre outros -, é altamente qualificada com grande capacidade técnica e atendimento acolhedor. De prematuros extremos até bebês com condições médicas complexas, estes profissionais abraçam cada desafio com determinação, conhecimento e compaixão.

Dra. Débora explica que há algumas décadas, a mortalidade entre os bebês prematuros, principalmente aqueles nascidos com menos de 30 semanas de idade gestacional, era muito alta. E aqueles que sobreviviam apresentavam muitas sequelas graves. Desde então, segundo ela, houve grandes avanços e a melhora do cuidado específico para os recém-nascidos como o uso de surfactante - medicamento que "amadurece" o pulmão dos prematuros-, melhoria nos ventiladores mecânicos, no controle de temperatura e na forma de cuidar dos bebês, entre outros, permitindo que a grande maioria dos bebês prematuros sobrevivam. Dentro deste contexto, na UTI NEO do MPHU, os desafios são constantes.  "Nosso desafio principal é que nossos pacientes tenham qualidade de vida após a UTI, reduzindo as complicações associadas à prematuridade e as sequelas graves. Isso envolve, além das melhores práticas da equipe multiprofissional e de equipamentos de ponta, a participação da família, com melhora do aleitamento materno, cuidado pele a pele, ou seja, a posição 'Canguru' e a possibilidade de alta segura pelo empoderamento da família", explica.

 

Daniela Brito